quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Burrice é a causa da morte de Jessica em Salve Jorge





E aconteceu a morte de Jessica, personagem vivida por Carolina Dieckmann, na novela global. E a causa não foi a injeção letal aplicada por Lívia (Cláudia Raia) e sim um misto de ingenuidade e burrice.

Desde o início da trama, a autora Glória Perez vem exigindo uma alta dose de flexibilidade do público em relação a fatos muito fora da realidade. Ela puxa demais a corda e pede que as pessoas acreditem em alguns elementos bem exagerados. E assim foi com Jessica e sua morte. A moça, uma das traficadas para a Turquia por Lívia e sua gangue, conseguiu descobrir que a vilã tem uma sandália especial, bem diferente, mas não sabia quem era a dona. Assim, tudo o que teria de fazer era encontrar novamente a mulher com o tal do calçado para poder incriminá-la.

Pois bem, no capítulo desta segunda, Jessica e Morena (Nanda Costa) foram a um evento de Lívia e sabiam que lá estariam pessoas ligadas ao tráfico. O que Jessica teria de fazer? Ficar atenta em todas as mulheres para tentar encontrar a sandália toda diferente. A moça fica em vários momentos junto de Lívia, mas em nenhum instante faz menção de olhar o que ela está calçando. Tudo bem que Lívia é acima de qualquer suspeita, mas vamos combinar que qualquer mulher olha o que a outra está vestindo, certo?

E a necessidade de acreditar nos fatos vai além: quando finalmente Jessica vê as sandálias nos pés de Lívia, em vez de disfarçar, diz para a vilã “é você, você é a chefe do esquema”. Fingir que estava tudo bem seria a reação normal, aquela que qualquer pessoa com um mínimo de cérebro faria, claro. Logo em seguida ela deixaria o lugar e contaria para todo mundo o que descobriu. Mas o roteiro quis que ela agisse dessa maneira um tanto quanto sonsa.

E a cena da morte em si também foi bem longe da realidade. Será mesmo que Lívia mataria uma pessoa com uma injeção letal e não mexeria um músculo da face? E nenhum fio de cabelo sairia do lugar? Difícil, hein?! Dá para demonstrar maldade e insensibilidade de um jeito mais factível.



R7

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